quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
As cartas que eu não mando, por L.A.
Será que muita gente faz isso?
Escrever cartas que não são enviadas?
Cartas que são escritas em momentos de solidão, de raiva, de paixão mas por algum motivo que normalmente não somos plenamente capazes de explicar, não chegam ao seu destino final.
Aliás, será que ao iniciarmos uma carta, já temos certeza de qual o real destino final da mesma?
Pouco importa. O que sei é que eu, com certa freqüência, escrevo cartas que não mando para ninguém. Não porque elas não tenham um destinatário ou um destino mas porque ...... não sei ao certo.
Algumas delas possuem destinatários mas que, passada a vontade de escrever, passado aquele momento, não merecem mais saber tudo aquilo que coloquei no papel ou então porque acabei escrevendo coisas que não tenho mais o direito de revelar.
Muitas vezes escrevemos para nós mesmos, como maneira de ordenar nossos pensamentos, nossas palavras, nossos sentimentos.
Uma carta conta, necessariamente uma história; de um lugar, de uma época, de um relacionamento. A história de nós mesmos, apoiada na palavra escrita possui uma força, uma perenidade, que falta a palavra falada.
Independente da história a ser contada, independente do leitor, independente da época em que suas cartas serão enviadas ou simplesmente lidas, não se esqueça de escrever. Escrever muito!
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