Havia acabado de completar 29 anos e de me separar.
Claro que estava deslocado com aquela solterice inesperada.
Inesperada?
Não exatamente.
Nós já havíamos nos distanciado fazia bastante tempo e por mais que a iniciativa tenha sido dela, eu sabia exatamente o que estava acontecendo.
A questão principal era que eu havia namorado tempo de mais, me casado cedo de mais e estava com a sensação de que, ao chegar aos 30 anos, ainda não teria feito boa parte das coisas que queria (que deveria?).
Eu ainda não tinha ido a todas as festas, não tinha conhecido todas as pessoas, feito todas as viagens de galera, dançado todas as músicas, assistido a todos os filmes, navegado para todas as ilhas. Eu ainda não havia me permitido fazer todas essas coisas.
Tudo bem, nem sabia direito por onde começar. Afinal, andava sempre em casais, minha irmã e irmãos estavam casados ou namorando, meus melhores amigos também.
Precisava de uma turma nova, animada, SOLTEIRA!
Precisava também descobrir o que estava acontecendo de bom, quais as viagens interessantes, as baladas, as nights, as noitadas, os bares, os botecos. Quanta coisa por fazer e por descobrir!
Livre, sem compromisso, senhor do meu tempo e do meu destino. Foi assim que comecei minha coleção.
Com o passar do tempo, fiz muitas novas amizades. Mas para isso, tive que deixar as antigas um pouco de lado. Claro que eles entenderam; me entenderam. São meus amigos da vida toda.
Com o passar do tempo, conheci muitos novos lugares. Mas para isso tive que deixar os antigos um pouco de lado. Seria impossível estar em Angra dos Reis e em Paraty ao mesmo tempo; em Punta e no Rio de Janeiro; em Campos do Jordão e em Florianópolis.
Fui a muitas festas, bares, botecos, nights, baladas, noitadas, exatamente como eu desejava. E minha coleção só fazia aumentar.
Meu grande inimigo nessa jornada?
Ironicamente, o tempo.
Tempo esse que nunca parecia ser suficiente para que eu estivesse em todos os lugares, com todas as pessoas, desbravando um novo bairro, uma nova cidade, cultivando todas as minhas vontades.
Tempo esse que só fez passar sem que eu tivesse tempo de colocar em perspectiva tudo o que tinha e tudo o que tentava conquistar com minha nova e irrefreável liberdade.
Então, passada a ansiedade, feitas as descobertas, vividas as emoções, consegui apaziguar minha fome de colecionador. Passado o tempo, tenho hoje a segurança de que matei minhas vontades; fiz o que queria fazer (o que tinha que fazer?).
Resta agora saber o que de fato valeu a pena.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Essas mulheres.... by L.A.
Já estou solteiro faz quase 5 anos. Tomei meu pé na bunda em2007 e venho me recuperando desde então.
Neste processo tive a oportunidade de conhecer e convivercom muitas mulheres, de diversas partes do Brasil.
Podem tirar o sorrisinho de canto de boca; não estou falandoaqui de casos e romances.
Houve casos, romances, amizades, coleguismo, viagens,jantares, HHs, trabalho e diversos outros tipos de interação.
O que existe de comum em todos eles?
A conversa, a troca de experiências.
O assunto mais comum?
Relacionamento homem e mulher.
Que tema inesgotável!
Inesgotável e confuso.
Se tem algo que não me atrai nas mulheres é a inconstância. Nãoestou falando aqui de “fazer charme”. Estou falando de não saberem o quequerem.
Me impressiona o quanto as mulheres reclamam de nós homens.
O pior é que não existe um padrão na reclamação. Ela égeneralizada, abrange todos os campos e costuma podar qualquer tipo de atitude.
Tudo bem, posso ter exagerado um pouco no último parágrafopara me fazer mais didático, mas vejam se não tenho certa razão.
1) Se não ligamos no dia seguinte, não damos valor.Se ligamos, somos grudentos.
2) Se convidamos para sair 2 dias seguidos, somosinsistentes. Se não convidamos, desistimos muito fácil.
3) Se deixamos vocês resolverem as coisas, nãosomos homens de atitude. Se resolvemos as coisas, somos autoritários.
4) Se nos preocupamos com os problemas de vocêssomos enxeridos. Se não nos preocupamos, somos insensíveis.
5) Se tentamos beijar no primeiro encontro, somosapressadinhos. Se não tentamos, somos moles de mais.
A lista é infinita.
Tenho amigos que já ganharam mulheres maravilhosas fazendoexatamente “tudo errado” e tenho outros que foram descartados por terem feito “tudocerto”.
(Antes que alguma mulher reclame, o “tudo errado” e “tudocerto” não foi dito por mim ou seguiu a minha concepção. Foi dito pelasrespectivas em questão.)
Assim sendo, tento dois conselhos.
MULHERES – Tentem ser mais simples, mais objetivas e menosadjetivas. Vocês acabam sempre nos confundindo com esse comportamento e emalgumas das vezes até mesmo nos afastando.
HOMENS – Fica o clássico: paciência.
De resto, boa sorte a nós todos.
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