quinta-feira, 14 de abril de 2011

Balzaquiando – 1 ano depois... by L.A.


No dia 31/03, completei meus 31 anos e, como parte do rito de passagem (além das festas!!!), passei aqui no BLOG para reler o texto que escrevi no ano passado, quando completei 30; uma maneira simplificada de fazer um pequeno balanço das mudanças entre um aniversário e outro.

Para minha surpresa, me dei conta que, das 2 perguntas preferidas (Quando vai se casar?; Vai criar juízo?), apenas a primeira delas persistiu.

Será que as pessoas mais próximas a mim desistiram de me ver criar o tal do “juízo”, nos moldes por elas esperado?! Ou será que eu acabei criando juízo sem me dar conta? (duvido!)

O importante é que mais um ano se passou e pude fazer novos amigos, resgatar amizades antigas, descobrir novos lugares, redescobrir lugares antigos, ler novos livros, assistir outros filmes....

Profissionalmente, novos e grandes desafios se impuseram e um novo rumo foi traçado depois de muito pensar e de muito perder. Escrevo “perder” porque mesmo quando a mudança é voluntária e desejada, existe luto; nem que seja apenas saudades daquilo que já foi.

Mas, e quanto a primeira pergunta? A do casamento.....

No texto do ano passado eu afirmei que havia dado férias para esses assuntos do coração. Não foram exatamente férias voluntárias mas sim uma maneira, talvez egoísta, de me proteger. A verdade é que, meio sem perceber, meio arrastado, meio desconfiado (acho que de mim mesmo!), me apaixonei novamente. Fui pego totalmente de surpresa e talvez deva ser assim mesmo...

Fazia tanto tempo que isso não acontecia que nem sabia mais direito como era e, muito provavelmente, acabei fazendo TUDO errado!

Fica agora a dúvida. Aprendi.... ou simplesmente reforcei meus receios?

Quando vou me casar? Quando encontrar a pessoa certa; nem um minuto antes disso (mas acho que estou um pouco mais perto…).

Criar juízo? De novo, nem pensar!

5 comentários:

Pestaninha disse...

Poxa vida, já voou mais um ano!!! Adoro seus textos L.A! Fiquei mega feliz ao lê-lo! Que delícia que é se apaixonar, que delícia ler que o cavalo selvagem tá domesticando. Ainda existe esperança!!!
Viver é bom demais, né?!?
:D

Samara Carvalho disse...

L.A, Fique tranquilo, e não se preocupe com os questionamentos, as respotas vem automaticamente com o passar do Tempo.
Só ele é capaz,de acomodar tudo no momento correto!
A ansiedade de querermos ser felizes, ao lado de alguem muitas vezes acaba atrapalhando!
Beijos

Tatu disse...

Ops...nao dei os parabens pelo niver mas mais que merce pelo texto, idade nova , reflexao de vida e mais que tudo por permitir este amor te invadir. Curta!! Ame!!! Grite!! Publique pra nossa alegria!! e ai dela se nao cuidar de vc e da reciprocidade deste sentimento ...
AMO o AMOR !!!!!

( )3 disse...

Encontrei esse blog muito por acaso, mas gostei do texto que li..
Acho que os 30 anos sempre nos fazem pensar sobre a vida. É quase como um momento de reflexão sobre tudo que aconteceu e pode acontecer. Há 3 anos atrás eu passei por isso... segue trechos da minha reflexão, que parecem mais atuais que nunca...
Espero que goste...

------
(...)
Embora eu não sinta nada de diferente, dizer “tenho 30 anos” me parece meio estranho. Alguns de vocês podem começar a rir, mas a verdade é que as lembranças dos dias em que eu e meus irmãos brincávamos (e brigávamos) ainda são fortes..
Sem falar no primeiro amor, o primeiro beijo, escrever no diário, as matinês, a hora do recreio na escola, dormir na mesma cama que meu pai e minha mãe... AFE, que nostalgia!!!

Porém, vou dizer algo aqui hoje que para muitos é inimaginável. Na verdade, é algo que até para mim um dia foi inimaginável: não agüentava mais esperar o momento de fazer 30 anos.

Sempre imaginei que ao chegar aos 30 estaria no auge de minha existência e que a maioria de meus sonhos e projetos com toda certeza já estariam realizados. Eu teria conhecido a Disney, estaria com uns dois filhos, minha casinha com quintal grande, uns cachorros correndo por lá, um gato preguiçoso deitado no sofá, um marido consertando o vazamento da pia, sem falar nas mil coisas que eu teria para fazer no meu dia a dia.
Sim... Eu achava que assim seriam meus 30 anos. Coisas que na mente de uma criança ou até de uma garota adolescente são total e facilmente possíveis.

Conforme os anos foram passando, percebi que a vida na prática não combina com metas ilusórias que traçamos ingenuamente. Mas que bom que não me dei conta disso logo e me permiti sonhar. E como fui feliz com minhas fantasias infantis: “um dia serei isso, um dia terei aquilo”.
(...)
Mas, finalmente, completar 30 anos não é algo que desejo apenas para colocar abaixo todas as fábulas infantis... Finalmente, completar 30 anos significa que de uma vez por todas eu deixarei de ser uma pessoa de quase 30!

Sim!!!!!!!!!!
Me tornei balzaquiana. Afinal, desde os 25 escuto que tenho quase 30. O mais interessante é que não me lembro de ter ouvido com 15 anos que eu tinha quase 20.

Eu pensava: “Por que o mundo trata com tanta ‘crueldade’ as pessoas de quase 30 anos?”

Na verdade, a resposta é simples...
Porque as ilusões do ápice da vida nessa idade não são prospecções exclusivas.
É algo que existe ou existiu em cada um de nós. Um planejamento mental de que um dia teremos (ou teríamos) e seremos (ou seríamos) tudo aquilo que sonhamos. Um tapa na cara que dá a percepção de que não teremos todo tempo do mundo o tempo todo.
(...)
Por outro lado, o “peso” dessa idade nos faz ter uma postura diferente em alguns momentos.
As questões familiares têm muito mais peso quando se passa a decidi-las.
Optar por começar a pagar previdência privada quando se tem 29 não é realmente algo muito inteligente, mas vale o ditado do antes tarde do que nunca.
O peso que se ganha leva muito mais tempo para te abandonar e você tem que ouvir coisas do tipo “você não é mais criança”.

Aos 30 anos espera-se que você não tenha mais dilemas sobre caminhos profissionais. Questões como “eu ainda preciso saber qual é a minha praia” têm um peso maior ao longo do tempo do que quando se tinha 25.
MAS CARAMBA... São só 5 anos de diferença!!!
(...)
De qualquer maneira, um dia, quando tiver 35 e, portanto, quase 40 anos, contarei para vocês, meus amados, que ainda não tenho, não sou e nem fiz tudo aquilo que achava que deveria em tal idade.

E querem saber de uma coisa? Nenhum de nós precisa levar uma vida louca e irresponsável, mas também não há motivos para sermos uma linha do tempo ambulante, cheios de metas e datas preenchidas na vida que ainda nem vivemos.

O tempo passa para todos, todos envelhecemos, no entanto, o que pesa na balança no final das contas é tudo o fazemos enquanto achamos que a vida pode ou deve ser mais do que a que temos.
(...)
Parabéns pra mim... E pra vocês também!!

Chirlen Costa

Luiz Alvaro disse...

Chirlen,

Fiquei muito contente com sua PIRA. Se bem que chamar o seu TEXTO de PIRA seria subestimar tudo o que você escreveu já que além de comentar, compartilhou conosco as suas reflexões balzaquianas.

No ano passado a Ju Pestana elaborou uma série com vários amigos que estavam na casa dos 30 e seu texto teria sido perfeito!

Bom que tenha nos achado; espero que volte mais vezes.

Luiz Alvaro.