Em 1991, quando eu estava na 5a. série do Colégio Bandeirantes, fiz uma redação com esse título. Redação essa que minha mãe encontrou faz 2 semanas nas coisas dela e, apesar de eu não ter sido muito bem avaliado pela professora (tirei 6) devo ter sido avaliado bem o suficiente pela minha mãe que guardou o texto por tanto tempo.
E hoje, 20 anos depois, véspera do Dia das Mães, compartilho as palavras (corrigidas pela professora!) daquele garoto de 11 anos que, acredito eu, nem mudou tanto assim....
“Minha Mãe
Eu gosto muito da minha mãe.
Ela tem cabelos curtos e castanhos, não é nem muito alta nem muito baixa, ela é muito legal.
Ela é pediatra e trabalha na enfermaria do colégio e no INPS.
Ela é muito carinhosa e atenciosa comigo e com meu irmão, vive nos dando conselhos e falando sobre a vida.
Mas se tem duas coisas de que não gosto mesmo nela é fumar e que ela não gosta de animais.
Ela vive falando:
- Leve esses hamisters para a cozinha.
- Não tire os hamisters da gaiola.
E ela é muito nervosa, se irrita com coisas do tipo: quarto desarrumado, chegar em casa e encontrar a mim e ao meu irmão sem tomar banho.
Mas mesmo com algumas coisas nela de que eu não gosto, eu a amo e a amo muito!”
De 1991 para cá meus pais se separaram, meu irmão e eu nos formamos no colégio e na faculdade, minha irmã teve um filho lindo, eu tive uma gata, uma pata e dois cachorros (mesmo ela ainda não gostando muito de animais), minha avó ficou doente...... enfim, a vida aconteceu.
E aquele amor que eu sentia pela minha mãe quando tinha apenas 11 anos cresceu junto com a admiração e o orgulho que tenho hoje, aos 31 anos, por poder dizer que sou filho da Dra. Beatriz Salles Aguiar (ou simplesmente da Bia).
Ah! E eu a amo e a amo muito!