segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Different Perspectives (em inglês pq combina!)
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
ATRASADO by L.A.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
O Colecionador de pedras by L.A.
Claro que estava deslocado com aquela solterice inesperada.
Inesperada?
Não exatamente.
Nós já havíamos nos distanciado fazia bastante tempo e por mais que a iniciativa tenha sido dela, eu sabia exatamente o que estava acontecendo.
A questão principal era que eu havia namorado tempo de mais, me casado cedo de mais e estava com a sensação de que, ao chegar aos 30 anos, ainda não teria feito boa parte das coisas que queria (que deveria?).
Eu ainda não tinha ido a todas as festas, não tinha conhecido todas as pessoas, feito todas as viagens de galera, dançado todas as músicas, assistido a todos os filmes, navegado para todas as ilhas. Eu ainda não havia me permitido fazer todas essas coisas.
Tudo bem, nem sabia direito por onde começar. Afinal, andava sempre em casais, minha irmã e irmãos estavam casados ou namorando, meus melhores amigos também.
Precisava de uma turma nova, animada, SOLTEIRA!
Precisava também descobrir o que estava acontecendo de bom, quais as viagens interessantes, as baladas, as nights, as noitadas, os bares, os botecos. Quanta coisa por fazer e por descobrir!
Livre, sem compromisso, senhor do meu tempo e do meu destino. Foi assim que comecei minha coleção.
Com o passar do tempo, fiz muitas novas amizades. Mas para isso, tive que deixar as antigas um pouco de lado. Claro que eles entenderam; me entenderam. São meus amigos da vida toda.
Com o passar do tempo, conheci muitos novos lugares. Mas para isso tive que deixar os antigos um pouco de lado. Seria impossível estar em Angra dos Reis e em Paraty ao mesmo tempo; em Punta e no Rio de Janeiro; em Campos do Jordão e em Florianópolis.
Fui a muitas festas, bares, botecos, nights, baladas, noitadas, exatamente como eu desejava. E minha coleção só fazia aumentar.
Meu grande inimigo nessa jornada?
Ironicamente, o tempo.
Tempo esse que nunca parecia ser suficiente para que eu estivesse em todos os lugares, com todas as pessoas, desbravando um novo bairro, uma nova cidade, cultivando todas as minhas vontades.
Tempo esse que só fez passar sem que eu tivesse tempo de colocar em perspectiva tudo o que tinha e tudo o que tentava conquistar com minha nova e irrefreável liberdade.
Então, passada a ansiedade, feitas as descobertas, vividas as emoções, consegui apaziguar minha fome de colecionador. Passado o tempo, tenho hoje a segurança de que matei minhas vontades; fiz o que queria fazer (o que tinha que fazer?).
Resta agora saber o que de fato valeu a pena.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Essas mulheres.... by L.A.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Pretensão by L.A.
Um dia tive a pretensão de te chamar de "minha" Linda.
Ingênuo eu de agir como se algum dia você tivesse sido, de fato, minha.
Acredito sim que, em algum momento (talvez esquecido), nós nos pertencemos.
Não na primeira vez em que ficamos. Cedo de mais.
Nos pertencemos pela primeira vez naquela manhã ensolarada de terça feira quando decidimos nos esconder do mundo. Naquela manhã, nada do que nos esperava era mais importante do que o que já tínhamos.
E que terça feira memorável!
Aquele foi nosso segundo encontro mas nossa intimidade, nossas confissões, sorrisos e olhares nos denunciavam como velhos amantes.
Depois daquele dia, nos pertencemos uma vez mais, enlaçados furtivamente em uma cama de solteiro. Por mais que a cidade novamente nos aguardasse e até mesmo nos procurasse, tínhamos absolutamente tudo que desejávamos exatamente ali, na penumbra.
Naquele final de semana me despedi de você pretensiosamente chamando-a de "minha" Linda. Deixei a cidade cheio de planos e promessas, suas e minhas.
Deixei a cidade e nunca mais te vi.
Incrível como algumas pessoas que conhecemos poderiam mudar tudo em nossas vidas mas então, elas ficam tempo de menos e simplesmente não farão diferença nenhuma.
terça-feira, 5 de junho de 2012
Baile de máscaras by L.A.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
O conto que contamos - Parte FINAL - by L.A. e Ana Corujo
BLOG Cotidi-Ana
No último parágrafo do texto, João Vicente faz referência a um texto que ele leu. Aos interessados - apaixonado (?) by L.A.
Para quem não leu a PARTE II do conto que contamos - PARTE II
Conversamos de absolutamente tudo!
Ela era de família grande e convencional, oposta a minha que também é grande mas nem tão convencional assim. Apaixonada por cavalos e cães (me mostrou a foto de algo que ela diz ser um cachorro e eu fiz cara de quem acreditou). Tem medo de moto mas disse que me deixaria levá-la para dar uma volta. Disse que cozinha bem mas que era melhor eu não arriscar porque poderia me apaixonar. Contei a ela tudo sobre minha paixão por longas viagens de carro e ela, delicadamente, fez cara de interessada.
Até planos de viajar fizemos!
Ela ficou de me mostrar o Rio de Janeiro, mesmo eu afirmando que vou para lá quase todo mês. Eu fiquei de apresentar Paraty e suas peculiaridades arquitetônicas. Ficamos de descobrir juntos um museu de nome engraçado (que não me lembro mais) perto de Belo Horizonte.
Claro que é cedo para tudo isso, mas a conversa está animada. Estamos nos divertindo. Por que nos ater apenas ao que faz sentido? Ao convencional? Aliás, quem é que decide o que faz ou não sentido, o que é convencional? O que podemos ou não conversar?
Estamos simplesmente nos deixando levar.
E por falar nisso, muita conversa, mãos dadas, pernas encostadas por baixo da mesa, filezinho e porção mista de pasteis, mas nada de beijo na boca.
Sei que a culpa é minha. Quer dizer; sei que a responsabilidade é minha. Um amigo meu sempre diz: “O papel do homem é tentar; o da mulher é dizer não (se não quiser)”. Mas o fato é que sou péssimo nessa hora.
Resolvi propor um desafio: “Vamos pedir tequila?”
Ela aceitou. Quando a bebida chegou eu disse: “Body shot?”
Que sorriso maroto ela me deu!
Um pouco de sal no seu ombro, tomei a tequila e busquei, comportadamente, o limão em seus lábios. Era a vez dela.
Um pouco de sal no meu pescoço, tomou a tequila e então explodimos em um delicioso (e nada comportado) beijo. Aquele beijo forte, molhado, interminável.
Sempre acho “primeiros beijos” um assunto delicado. Tô colocando a língua de mais ou de menos? Abrindo a boca de mais ou de menos? Que diabos de movimento é esse que ela está fazendo? Tá me beijando ou tá me lambendo?!
Com Márcia não teve nada disso. Pelo menos para mim, nosso beijo era perfeito. Era como se fôssemos amantes de longa data que haviam acabado de se reencontrar no aeroporto depois de uma longa viagem separados. Tudo naquele beijo me era familiar e ao mesmo tempo tinha sabor de novidade.
As pernas não estavam mais apenas enconstadas por baixo da mesa. Nossas mãos já haviam se esquecido umas das outras e buscavam pernas, costas e nucas. Conversar era a última coisa que nossas bocas desejavam.
Não sei precisar quanto tempo ficamos assim. Mas sei que o bar ficou inapropriado para nós dois e resolvemos que era hora de irmos embora.
“Você me leva? Vim de taxi”. Disse ela.
O que mais eu poderia querer ouvir?!
Grande amigo e solteiro convicto, Luiz, escreveu recentemente um texto no qual dizia: “se aparecer uma Morena Linda, parceira e de sorriso fácil, talvez eu me apaixone...”
Com essa frase na cabeça, andando de mãos dadas, e um gosto delicioso na boca, fomos para o meu carro.
Ela...
Depois de conversarmos sobre estarmos solteiros, planos futuros e sua irmã Lu, percebi que João Vicente estava dando satisfação. Pontuando algumas coisas para que eu entendesse seu interesse. E talvez seja essa sutileza que me encanta nos paulistas.
Nossa conversa parecia um jogo de frescobol de perfeito entrosamento. O papo fluía fácil, quando um falava, o outro continuava, ou completava. Até quando as palavras faltavam ele ia lá e as pegava para mim. Estava sendo uma descoberta descobri-lo. Desde o fim com o Fabrício que eu não me encaixava tão bem com alguém.
Me diverti com as histórias dele de família, totalmente diferente da minha, família de Goiânia é tudo meio matuta, certinha. Já a dele parece ser aquela coisa meio junto e misturada, meio calça de moletom, sabe? Gostosa demais, mas que pode passar vergonha às vezes na rua. Quando que meu pai levaria minha mãe para andar de balão no dia das mães com primo, neto, cachorro e papagaio? No máximo faríamos um passeio com os cavalos da fazenda até uma cachoeira – local que quase não vamos mais depois que mudamos para o Rio.
Mas, minha paixão continua viva lá na Hípica e adoraria que João Vicente conhecesse a Dorothy, e quem sabe, desse uns saltinhos com ela. Mas para mim, andar de pedalinho na Lagoa ou dar uma volta com o Astor já estava mais do que suficiente.
Às vezes essa afinidade toda muito rápida me assusta. Estava solta e travada ao mesmo tempo. Acreditava não acreditando naqueles planos todos, inclusive de viagem e descobertas de museus em Minas Gerais, não sei literalmente de onde tirei essa ideia louca! Homens costumam fazer de tudo para ganhar uma mulher, possuem tantas habilidades que conseguem seduzir até uma samambaia. Porém, mesmo cética, era fato que eu estava envolvida quase apaixonada a ponto de cozinhar um banquete para ele de cinta liga.
Até que página acreditamos e nos deixamos levar como se fosse um “encontro de almas”? Até a página que ele não liga no dia seguinte depois do sexo, nos deixando apenas com a plaquinha do “Eu já sabia”? Ao mesmo tempo ao continuar cética assim, me fecho para encantamentos maravilhosos e coisas possíveis. Triste dilema dos apaixonados calejados que acreditam muito no amor, mas que no fundo acham que não é para eles.
Minha cabeça não parava de pensar entre o posso ou não posso, nossos corpos davam choques agora só de se esbarrarem e através dos olhares nos devorávamos. Não enxergava ou ouvia mais nada ao redor daquele bar. Sua boca ao falar já estava em 3D para mim e agora só tinha um pensamento que me atormentava: “Por que esse cara não me beija?”
Quando ele me propôs o desafio de bebermos tequila, saquei na hora. Ele está muito interessado. Homens pouco tímidos quando envolvidos, perdem o jeito de chegar em uma mulher, acho eu. Aí precisam de um empurrãozinho para se soltar. Achei ótimo, pois eu também estava precisando de um mata leão nos malditos pensamentos.
Quando ele falou “body shot”? Tive que rir!
Não teve jeito, não podia ser diferente, ao mesmo tempo em que a tequila queimou até a espinha João Vicente me dominou por inteira com o beijo mais agridoce dos últimos tempos. Esqueci onde estávamos, que tava fora da cidade e que trabalhava amanhã. E foi muito bom me sentir viva, pulsando.
Nós mulheres nos preocupamos tanto com tantas coisas - que esquecemos de dar valor quando realmente nos interessamos por alguém. Acho tão difícil isso acontecer hoje em dia que passei a ficar feliz quando quero ir para cama com alguém de primeira.
Só sei que não queria desgrudar dele ainda. Saíamos do bar e caminhando pela rua com as mãos frias e suadas de nervoso, nos olhamos e sem pensar entrei em seu carro.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
O conto que contamos - Parte II - by L.A. e Ana Corujo
Aliás, se fosse você, lia lá no BLOG Cotidi-Ana, porque ela escreve beeem melhor do que eu!
http://anaflaviacorujo.blogspot.com.br/2012/05/o-conto-que-contamos.html?spref=fb
Para quem quiser ler a PARTE I - http://pestanices.blogspot.com.br/2012/05/o-conto-que-contamos-parte-i-by-la-e.html
Ela...
Quarto “caju amigo” e sei lá quanto tempo de papo, muito agradável por sinal, com o charmoso moreno com ombros largos.
Do bar fomos para uma mesa esperar nossos amigos.
Meu estomago estava grudado no cérebro e eu ia ter a qualquer momento uma crise de hipoglicemia de tanta fome. Mas, mesmo tendo comido apenas um sanduiche, estilo amostra grátis no trabalho hoje, jamais pediria qualquer belisquete sem que João Vicente sugerisse. Moreno, covinhas, simpático e João Vicente... pagar de gordinha feliz, de jeito nenhum!
Rafael, seu amigo, havia confirmado o cano. Já Claudinha continuava no gerúndio. Mas, eu sabia que esse gerúndio tinha um nome – Gustavo, e por isso, resolvi informa-la que fui para casa para poder focar no papo com João Vicente – encerrando o assunto Claudinha.
Finalmente João Vicente falou: “Nossa! O papo esta tão bom que até esquecemos de pedir alguma coisa para comer... estou morrendo de fome! Vamos pedir algo? Aqui tem um filezinho delicioso”.
Adorei. Além de sanar a fome, percebi que estava agradando. E uma coisa ele estava certo, o papo, ops! O filezinho de lá era delicioso.
João Vicente, definitivamente não gostava de futebol, porque nem olhou os três gols do São Paulo, ou ligou para os Corintianos frustrados berrando. Ficamos falando de trabalho, vida, viagens, eixo Rio- São Paulo... e ...carinhosamente trocamos alguns toques.
Ele é gerente de marketing de uma multinacional, mora no Jardins, mas já morou em Londres pela empresa. Tem família carioca, ama o Rio, viaja sempre nos finais de semana e não possui rastros de qualquer aliança no dedo. Uhmmm... a idade? Aparentemente a mesma que a minha.
Aconteceu algo engraçado. Antes do filezinho, pedimos um caldinho de feijão - acho que ele percebeu que eu estava mais “pra lá do que pra cá”. Mas, o que ele não percebeu é que, pós-caldinho de feijão, uma casquinha havia ficado em seu dente. Nada muito gritante, mas a “casquinha amiga” estava lá há horas em seu sorriso branco conversando comigo. Fiquei naquela “falo, não falo”. Nunca sei o que fazer numa hora dessas. Porém, quando ele foi ao banheiro, deve ter visto e a retirou.
Fingi que não tinha percebido seu ar sem graça e para cortar qualquer desconforto comentei que nunca tinha gostado tanto de um cano. E ele riu tranquilamente.
Definiria João Vicente Oliveira, sim! Ele já me adicionou no facebook - como uma combinação interessante de paulista-carioca. Seu jeito é muito mais carioca - pela leveza, humor e não formalismos ao falar das coisas; mas, sua educação e presteza totalmente de paulista.
“Adicionar no facebook”... no mundo moderno agora é assim - entendo, curto, mas não sei se compartilho. Ainda prefiro que peguem meu telefone. Mesmo correndo o risco de não ligarem, não saber os amigos em comum, ou não poder ver nenhuma foto de mil novecentos e bolinhas.... – ainda sim, descobrir as pessoas aos poucos me atrai.
Já eram quase onze horas e depois de perceber umas quatro ligações de uma tal de Luciana em seu celular, resolvi deixa-lo atender e ir ao banheiro.
Confesso que estou bastante interessada, já ele não sei, paulista é muito discreto nesse aspecto. Mas, deve ter namorada... os bons já estão sempre ocupados.... e nem no facebook posso entrar do banheiro para confirmar o fato, pois a maldita conexão da TIM não pega aqui dentro!
Ele ...
Passadas duas horas de papo, eu já estava na segunda vodka com energético e, tanto eu como ela, precisávamos comer alguma coisa.
Na verdade eu já estava com fome fazia bastante tempo mas sempre acho chato pedir comida quando a garota ainda não manifestou interesse em pelo menos um canapé de carpaccio. Vai entender porque elas gostam tanto disso. Por mim, andava sempre com um x-bacon no bolso!
De qualquer maneira, usando a desculpa de que já havíamos bebido bastante, pedi para o Flávio me arrumar uma mesa.
Não sabia se a amiga de Márcia viria ou não, mas Rafael eu já havia desmarcado fazia tempo!
A conversa estava ótima, já estávamos bastante à vontade, mãos e braços já se encontravam a toda hora. A essa altura, Rafael só iria me atrapalhar.
Eu havia quase acertado a origem de Márcia. Nascida em Goiânia, morava no Rio de Janeiro já fazia mais de dez anos. Com isso, combinava aquele charme meio “faroeste caboclo” com a ginga carioca. Mostrou-se bastante animada ao saber que eu tenho família no Rio e que estou sempre por lá.
Arquiteta, adorava os centros das cidades e conhecia o de São Paulo bem melhor do que eu. Aliás, sabia quase todas as exposições em cartaz tanto em São Paulo quanto no Rio.
Fui ao banheiro (acho que minha bexiga é minúscula!) e me deparei com uma casquinha de feijão bem no meu dente da frente. KCT! Havíamos pedido caldinho de feijão já fazia tempo e a menina nem para me avisar! Bom, paciência.
Voltei para a mesa meio sem graça e Márcia comentou que nunca havia gostado tanto de levar um cano. Pude rir com a certeza (e o alívio) de que meus dentes estavam limpos!
Conversamos por mais algum tempo e era a vez dela de ir ao banheiro. Confesso que o fato de as mulheres conseguirem segurar por bem mais tempo do que os homens me causa certa inveja. Excluídas as dificuldades logísticas, quase nunca se vê uma mulher desesperada no meio da rua ou da estrada.
Aproveitei para retornar as ligações da minha irmã. A Lu parece que sente quando vai ser inconveniente e me liga. Quando eu não atendo, liga sem parar. Tudo bem, amo minha irmã; dizem por aí que somos nós que escolhemos a família que vamos ter.
Aproveitei também para dar uma rápida olhada no Facebook . Hoje em dia é assim; apenas 2 pessoas na mesa? Uma delas levantou? Todo mundo para o Facebook; pode reparar.
Descobri que ela é solteira.
Quando voltou perguntei a quanto tempo e a resposta foi a seguinte:
“Faz um ano. Agora que estou me acostumando com a vida de solteira. Adoro a liberdade, o poder decidir o que quero fazer. Definitivamente preciso ficar um tempo sozinha.”
Já estou solteiro faz quase cinco anos. Por mais interessada que ela pareça neste momento, sei exatamente o que esse discurso significa porque já o usei mais de uma vez...
segunda-feira, 7 de maio de 2012
O conto que contamos - Parte I - by L.A. e Ana Corujo
Tomara que dê certo!
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Um dia de cada vez by L.A.
terça-feira, 24 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
apaixonado (?) by L.A.
Como sabemos que estamos apaixonados?
Como ter certeza?
Será por que ela/ele recebe nosso primeiro e nosso último pensamento do dia?
Nosso primeiro “Bom dia!” e nosso último “Boa noite.”
Será por que fazemos planos juntos, por mais improváveis que sejam?
Será por que ficamos mais propensos a “pequenas loucuras”? Visitas inesperadas? Flores inusitadas? Terças feiras completamente improváveis?
Será?
E, uma vez descoberta a tal paixão, como sabemos que estamos prontos para ela? Como ENFRENTAR uma nova paixão?
Quando adolescente, vivi minha grande paixão. Tinha 15 anos (1995), me apaixonei a primeira vista.
Se deu certo? Claro que deu!
Tudo super hiperlativo, como deve ser uma paixão adolescente de verdade.
Mas, e agora?
O ano de 1995 já passou faz tempo e não temos mais idade para nos lançar em uma aventura amorosa, em uma paixão adolescente.
Aliás, com toda a experiência adquirida (ou melhor, com todos os traumas sofridos) o melhor é racionalizar os sentimentos.
Principalmente esses que teimam em aparecer sem avisar, nos tirar da rotina, da zona de conforto. Sentimentos indesejados que aparecem única e exclusivamente com o propósito de nos desorganizar, nos confundir, nos tirar do controle.
Sabe, eu gosto de estar solteiro.
Claro!
Estar solteiro(a) é muito mais simples.
Faço o que eu quero, na hora em que eu quero, com quem eu quero... eu quero...
Não preciso dividir nada com ninguém; muito mais simples.
Isso sem falar no receio de confiar uma parcela da sua/minha felicidade a outra pessoa. Até porque, já tentamos outras vezes e não se pode dizer que tenha dado exatamente certo; certo?
Além do mais essa tal pessoa por quem teoricamente se está apaixonado nem atende a todos os requisitos que imaginou para você; ou atende?
- Sabe se comportar a mesa?
- Estudou?
- Trabalha?
- Família?
- Mora perto?
- Sabe conversar?
- Te faz sorrir?
- Entende o que você quer dizer?
- Gosta de você?
- Respeita seu espaço?
Você realmente sabe o que é importante para você?
Eu sugiro que faça uma lista. Escrever sempre ajuda a organizar as idéias.
Se bem que “racionalizar os sentimentos” e “organizar as idéias” não combinam muito com a definição de “estar apaixonado”.
Como sabemos que estamos prontos para uma nova paixão?
Assim como em 1995, ainda não tenho a menor idéia.
Sei apenas que será uma bela batalha entre o PENSAR e o SENTIR.
Seja como for, se aparecer uma Morena Linda, parceira e de sorriso fácil, talvez eu me apaixone...
... talvez.
quinta-feira, 1 de março de 2012
(Des)Amores by L.A.
Tão bom estar apaixonado!
Aquela saudade gostosa ao longo do dia.
Não podemos esquecer das flores, bilhetinhos, chocolatinhos, bichinhos de pelúcia, fotinhos de rostinho coladinho..... pelo visto não podemos esquecer também dos diminutivos.
Por que as pessoas apaixonadas tem tanta vontade de diminutivos? Principalmente as mulheres. Nós, homens, falamos assim apenas porque elas, as mulheres apaixonadas, adoram.
Pessoas apaixonadas, mesmo que a poucas semanas, fazem planos para o futuro.
Pensam no casamento, no nome dos filhos, no bairro em que vão morar. Os apaixonados pensam grande!
Tudo muito bom, tudo muito bacana, desde que tenhamos nos apaixonado pela pessoa certa.
Sei que neste momento você está pensando: “óbvio” ou “dããã” ou (um que aprendi agora no Carnaval) “Ah vá!”
Acontece que as coisas nem sempre são tão simples assim. Principalmente para os apaixonados. Claro que se você se apaixonou por uma pessoa que te maltrata, que rouba a borda recheada da sua pizza, chuta seu cachorro, joga cerveja no seu papagaio, fica óbvio que não é a pessoa certa.
Mas e se você se apaixonou por uma pessoa parceira, que gosta dos mesmos restaurantes, viagens, músicas que você?
Uma pessoa que gosta da sua família e que tenta “roubar” seus amigos de tanto que gosta deles?
Uma pessoa que divide os planos e também as contas com você?
Aí, a coisa já não é mais tão óbvia assim (“dããã”).
Quem nunca se apaixonou por alguém que era tudo isso mas que, ao mesmo tempo te tirava totalmente do sério?
Alguém com quem você compartilhava uma relação de paz e guerra que minava o relacionamento a cada encontro?
Alguém com quem a química na cama era incrível mas você nem podia assistir a um show em paz sem que ela dissesse: “você está paquerando a cantora no palco!”
Aquela pessoa com quem você briga, jura que nunca mais quer ver, nunca mais quer falar mas então bate aquela saudade, aquela vontade de estar junto, só para começar tudo (errado) de novo.
Eu já me apaixonei por pessoas assim. Com certeza, mais de uma vez.
Minha Avó Mafalda (sim, minha avó paterna se chama Mafalda!), TODAS as vezes que me encontra, faz duas perguntas:
1) Você engordou?
2) E a sua namorada?
Para a primeira delas eu sempre respondo: “um pouco Avó”.
Já para a segunda a resposta é sempre: “encalhei”.
Ela acha graça em ambas as respostas, provavelmente mais na primeira do que na segunda; até porque, ela já está com quase 92 anos (os fará no dia 14/3/2012) e gostaria muito de ver seu neto preferido (mesmo que gordinho), entrando na igreja.
Mas a verdade é que se apaixonar, por melhor que seja, dá o maior medo. Não da paixão, não do amor.
Mas do tal (Des)Amor...