Não sou uma pessoa nostálgica. Na verdade, gosto da
novidade, do que está por vir. Adoro a descoberta, o desvendar, o movimento.
Mas nada disso me impede de sentir saudades dos bons momentos que vivi, das
pessoas que ficaram para trás ou apenas mais distantes.
Como se diz por aí, “dos bons e velhos tempos”.
Tenho saudades dos meus anos na Escola Barifaldi, na Rua
Frei Caneca. Dos jogos de queimada, de jogar bafo na hora da saída enquanto
esperava minha mãe me buscar por horas (a sensação que eu tinha é de que ela
sempre me esquecia!).
Quando terminei a quarta série, meus pais me mandaram para o
Colégio Bandeirantes. Por mais natural que fosse a decisão, fui muito
contrariado já que, de todos os meus amigos, apenas Bruno Pimenta iria comigo.
Como senti falta de todos eles. Ainda hoje nos encontramos e sempre me pego
ouvindo as histórias dos tempos em que eu não estava lá e com saudades de
coisas que não vivi.
Tenho saudades também do Bruno Pimenta, amigo que sumiu no
turbilhão do dia a dia antes mesmo de termos nos formado no Bandeirantes. Aliás, se existe um período da
minha vida do qual sinto falta, são dos meus anos no Colégio Bandeirantes!
Incrível como os anos lá vividos, entre 1991 e 1997 me
marcaram, me criaram e repercutem ainda hoje com estrondosa satisfação. Não fui
um aluno brilhante; longe disso. Minha mãe sempre disse que eu, com esforço,
estava na média (o que é mais ou menos igual a dizer que você, com esforço, é
medíocre).
Mesmo assim foram anos mais do que incríveis. Época de formação
de caráter, de exploração, de solidificação de grandes amizades, do primeiro e
inesquecível amor.
Tenho saudades da Paraty da minha infância quando aqueles 30
quarteirões do centro histórico eram um mundo a ser explorado diariamente,
sozinho, com uma garrafa pet cheia de água, um canivete e uma bússola. Cidade
que me foi apresentada por minha madrinha e por um namorado que ela teve, Vital
Raiola.
Vital aliás é alguém de quem sempre sentirei saudades.
Namorado da minha madrinha, me levava para seu sitio onde aprendi a andar a
cavalo (até hoje uma das minhas grandes paixões) e sempre almoçávamos frango
frito de padaria, farofa e melancia.
E já que estou falando de família, tenho saudades da época
em que mina avó Cecília era saudável, forte, festeira, “viajadoira”. Manteve a
nossa família unida enquanto pôde e sempre nos serviu de exemplo.
E meu avô Luizito então!
Primeiro dos Luiz Alvaro’s deixou praticamente um legado.
Completaria 100 anos no dia 19 de abril de 2013 e, como fazemos todo ano, teremos
festa para relembrar as boas histórias ao lado dele.
São tantas as pessoas que passam por nossa vida, algumas
delas com chances reais de mudarem nosso caminho, nosso percurso, que se for
fazer uma lista, tenho saudades de muitas pessoas, de muitas épocas, de muitos
lugares e momentos.
Tenho saudades também de você.
Daquele dedo torto que você faz quando quer chamar minha
atenção. Da sua gargalhada alta, aquele seu rir até não poder mais. Do seu
sorriso largo. Do jeito como você coloca seu pé em cima do meu quando vai
dormir logo depois de ter se acomodado “dentro” do meu abraço. Da maneira como
você finge que eu não estou falando bobagem. Do seu não saber assobiar. Das
nossas conversas intermináveis. Da sua companhia no carro, seja para falar,
seja para calar. Do seu jeito decidido de ser. Do seu sentir falta sem sentir
falta. Saudades das nossas viagens. Saudades do nosso não fazer nada. Saudades
dos nossos passeios de moto, das nossas caminhadas. Saudades de você na balada
(ou na night).
Muitas são as pessoas e momentos dos quais tenho e ainda
terei saudades.
Ainda bem!
Um comentário:
pra variar.... EU CHORO! Viajo no meu passado e nas minhas saudades.LINDO:das pessoas que ficaram para trás ou apenas mais distantes. PERFEITO:algumas delas com chances reais de mudarem nosso caminho... e MUDAM!!!! Agradeço todos os momentos de saudades, foram INCRIVEIS. Bjao querido e lindo sorriso LA!
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