domingo, 14 de abril de 2013

#saudade by L.A.


Não sou uma pessoa nostálgica. Na verdade, gosto da novidade, do que está por vir. Adoro a descoberta, o desvendar, o movimento. Mas nada disso me impede de sentir saudades dos bons momentos que vivi, das pessoas que ficaram para trás ou apenas mais distantes.

Como se diz por aí, “dos bons e velhos tempos”.

Tenho saudades dos meus anos na Escola Barifaldi, na Rua Frei Caneca. Dos jogos de queimada, de jogar bafo na hora da saída enquanto esperava minha mãe me buscar por horas (a sensação que eu tinha é de que ela sempre me esquecia!).

Quando terminei a quarta série, meus pais me mandaram para o Colégio Bandeirantes. Por mais natural que fosse a decisão, fui muito contrariado já que, de todos os meus amigos, apenas Bruno Pimenta iria comigo. Como senti falta de todos eles. Ainda hoje nos encontramos e sempre me pego ouvindo as histórias dos tempos em que eu não estava lá e com saudades de coisas que não vivi.

Tenho saudades também do Bruno Pimenta, amigo que sumiu no turbilhão do dia a dia antes mesmo de termos  nos formado no Bandeirantes. Aliás, se existe um período da minha vida do qual sinto falta, são dos meus anos no Colégio Bandeirantes!

Incrível como os anos lá vividos, entre 1991 e 1997 me marcaram, me criaram e repercutem ainda hoje com estrondosa satisfação. Não fui um aluno brilhante; longe disso. Minha mãe sempre disse que eu, com esforço, estava na média (o que é mais ou menos igual a dizer que você, com esforço, é medíocre).

Mesmo assim foram anos mais do que incríveis. Época de formação de caráter, de exploração, de solidificação de grandes amizades, do primeiro e inesquecível amor.

Tenho saudades da Paraty da minha infância quando aqueles 30 quarteirões do centro histórico eram um mundo a ser explorado diariamente, sozinho, com uma garrafa pet cheia de água, um canivete e uma bússola. Cidade que me foi apresentada por minha madrinha e por um namorado que ela teve, Vital Raiola.

Vital aliás é alguém de quem sempre sentirei saudades. Namorado da minha madrinha, me levava para seu sitio onde aprendi a andar a cavalo (até hoje uma das minhas grandes paixões) e sempre almoçávamos frango frito de padaria, farofa e melancia.

E já que estou falando de família, tenho saudades da época em que mina avó Cecília era saudável, forte, festeira, “viajadoira”. Manteve a nossa família unida enquanto pôde e sempre nos serviu de exemplo.

E meu avô Luizito então!
Primeiro dos Luiz Alvaro’s deixou praticamente um legado. Completaria 100 anos no dia 19 de abril de 2013 e, como fazemos todo ano, teremos festa para relembrar as boas histórias ao lado dele.

São tantas as pessoas que passam por nossa vida, algumas delas com chances reais de mudarem nosso caminho, nosso percurso, que se for fazer uma lista, tenho saudades de muitas pessoas, de muitas épocas, de muitos lugares e momentos.

Tenho saudades também de você.

Daquele dedo torto que você faz quando quer chamar minha atenção. Da sua gargalhada alta, aquele seu rir até não poder mais. Do seu sorriso largo. Do jeito como você coloca seu pé em cima do meu quando vai dormir logo depois de ter se acomodado “dentro” do meu abraço. Da maneira como você finge que eu não estou falando bobagem. Do seu não saber assobiar. Das nossas conversas intermináveis. Da sua companhia no carro, seja para falar, seja para calar. Do seu jeito decidido de ser. Do seu sentir falta sem sentir falta. Saudades das nossas viagens. Saudades do nosso não fazer nada. Saudades dos nossos passeios de moto, das nossas caminhadas. Saudades de você na balada (ou na night).

Muitas são as pessoas e momentos dos quais tenho e ainda terei saudades.

Ainda bem! 

Um comentário:

Tatu disse...

pra variar.... EU CHORO! Viajo no meu passado e nas minhas saudades.LINDO:das pessoas que ficaram para trás ou apenas mais distantes. PERFEITO:algumas delas com chances reais de mudarem nosso caminho... e MUDAM!!!! Agradeço todos os momentos de saudades, foram INCRIVEIS. Bjao querido e lindo sorriso LA!