terça-feira, 20 de abril de 2010

Balzaquiando - Parte VIII, por Gui Otani.

 

Acho graça. Beirando os 33, não consigo me ver tendo passado por décadas. A coisa só pesa, mesmo, quando cito um fato ocorrido “há 20 anos”. Ou no dia seguinte da balada: a mente vê as coisas de um jeito, mas o corpo encara tudo de outra forma. Não há mais a resistência de antigamente, aquela de sair, virar a noite, beber e passar o outro dia como se tivesse tomado um leitinho morno e ido para a cama às 9 (rs)...
Mas a bagagem que a gente acaba carregando enriquece muito. A inocência fulgás já não existe, o que de certa forma pode ser bom. A maneira de encarar as coisas melhora. Os trancos e barrancos, quando existem, passam a doer menos. Talvez por causa dos calos, talvez porque passamos a nos “almofadar”. Sentimos na pele, voluntariamente, o verdadeiro significado de “seleção natural”. Para pessoas, impressões e situações.
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4 comentários:

Pestaninha disse...

Esse é meu amigo Guilherme Otani. Jornalista, assina uma coluna no Caderno W e é filho do meu querido professor de matemática, o Naotaca.
Presença certa nos eventos mais badalados, o Gui está sempre rodeado por amigos e sabe, como ninguém se divertir!
Adoro você Gui!!!

Pestaninha disse...

Bom, super sinto na pele e no corpo os efeitos dos 30 anos, mas não me sinto com 30 também. Quando converso com o outro Gui que trabalha comigo, que tem só 19 anos,eu percebo bem que o tempo passou, e agradeço pela memória ainda funcionar! É bizarro pensar que ele nem sabe o que é Barsa e que trocou o Aurélio pelo Google.
Quanto a seleção natural, acho que essa é a parte que eu mais gosto da maturidade. Hoje, sei dizer não. Não faço mais as coisas que não gosto para agradar alguém ou para me encaixar. Sei o meu lugar, o que gosto de fazer e com quem quero estar.

Tatu disse...

Sem abrir o comentário da Ju enquanto lia o texto (ótimo!) tive a mesma sensação os trancos e barrancos são menos frequentes, os calos e almofadas que criamos ajudam a escolher melhor o que, onde, com quem queremos estar. Orgulho de muitos momentos de 20 anos atrás e mais ainda nos amigos que carrego desde lá!!!

Carol disse...

Concordo q uma das melhores coisas dos 30 é não querer mais se encaixar em algo... hj as coisas funcionam mais ou menos como se a gente tivesse a mão cheia de areia e a fechasse... só fica o q tem q ficar, o q não tem vai embora... e ponto final. Sou muito feliz por estar perto dos afins.
Bjs Gui, adorei o texto!