quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eu e Vc by L.A.


Foi assim. Um dia, nos conhecemos.

Sem aviso, sem pretensões, sem pré tensões.

Nos vimos (talvez até já tivéssemos nos visto antes), nos gostamos, decidimos sair juntos para ver no que dava...

Um primeiro encontro levou a um segundo, que levou a um terceiro, a um quarto...

Antes do quarto, um primeiro beijo, um segundo beijo, um terceiro e então, o quarto!

Aos poucos fomos descobrindo um ao outro. Pratos preferidos, cores preferidas, praia ou campo, bar ou balada, suspense ou terror, noite ou dia, de noite ou pela manhã.

Descobrimos os pontos em comum, os pontos fortes, os pontos fracos, os pontos.

Estar junto a ti era a melhor parte do meu dia, da minha noite.

Fazíamos planos importantes e ainda mais importante, fazíamos planos sem importância. Uma viagem no final de semana, um jantar em um restaurante novo, uma gravata a combinar com um vestido.

Compartilhávamos dos mesmos anseios. Queríamos as mesmas coisas. Íamos aos mesmos lugares. Víamos as mesmas pessoas. Gostávamos; nos gostávamos.

Com o tempo, menos tempo do que eu gostaria, vieram as brigas, as desavenças, o tempo longe um do outro. Mas sempre voltávamos a nos entender (?).

Com o tempo, as brigas tornaram-se mais freqüentes e o tempo longe um do outro também. Com o tempo veio o desencontro.

Foi assim. Um dia, nos desconhecemos.

Sem aviso, sem pretensões.

E então, nesse dia, deixamos de ser nós e voltamos a ser Eu e Vc.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Eu te amo by L.A.


Eu te amo – três simples palavras.

Tão cobiçadas.

Capazes de definir ou de mudar tanta coisa.


Por que hesitamos tanto em dizê-las?

Por que nos preocupamos tanto com o que vamos responder ao ouvi-las?

“Eu te amo” – “Obrigado”

“Eu te amo” – “Aposto que sim”

“Eu te amo” – “Fodeu!”

Veja que o dizer “Eu te amo” nada tem a ver com o sentimento uma vez que, na grande maioria das vezes, o sentimento vem antes da frase.

Não bastasse isso, sabemos quando alguém nos ama, assim como sabemos quando amamos alguém. O que não sabemos, necessariamente, é demonstrar esse amor, é dizer esse amor.

E não falo apenas do amor entre homem e mulher; ou entre homem e homem / mulher e mulher - pronto, meu texto já está politicamente correto.

Falo também do amor entre pais e filhos, entre irmãos, entre amigos. Quando foi a última vez em que você disse “Eu te amo” para alguém?

Tô falando; não é nada fácil, por mais natural que possa parecer.

Tudo bem, eu sei que não é para ficar dizendo “Eu te amo” para todo mundo a todo momento como se estivéssemos dizendo “Bom dia!” em cidade do interior, mas tenho certeza de que algumas vezes a mais não fariam mal nenhum; pelo contrário.

Bom, já que é assim, para aqueles que já sabem mas para os quais eu nunca ou raramente digo: EU TE AMO!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

AUTOBOICOTE by L.A.


Uma amiga uma vez me disse que aqueles que intencionalmente se desvalorizam recebem o mesmo olhar de reprovação daqueles que falsamente aumentam seus feitos para se valorizar.

Ainda hoje não sei dizer se ela tem ou não razão mas, para mim, é uma daquelas frases que ficam martelando no fundo da cabeça e que, quando menos espero, me faz parar para pensar e até mesmo mudar algo que eu pretendia falar ou fazer.

Não apenas isso; é uma colocação bastante interessante e, uma vez posta, pude observar que muitas são as pessoas que, pelos mais diferentes motivos, tem a prática do auto boicote.

Talvez para despertar a simpatia, a piedade dos outros.

Talvez para valorizar uma outra pessoa.

Talvez por timidez.

Talvez por falta de consciência.

Talvez por medo....

Claro que os motivos e justificativas são infindáveis. Costumo dizer que, por mais incrível que seja a bobagem que tenhamos feito, sempre temos um motivo, uma justificativa.

Não que ela seja razoável ou válida ..... mas ainda assim uma justificativa que, pelo menos individualmente, faz sentido.

O pior é que as vezes temos medo exatamente daquilo que mais desejamos e então, o auto boicote torna-se quase inevitável.

Sei que já fiz isso diversas vezes e que provavelmente cotinuarei a fazer.

Mas agora, sempre que a sombra do AUTOBOICOTE se coloca a minha espreita, me lembro dessa amiga e de suas sábias palavras e então me dou a oportunidade de seguir por um caminho diferente.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Qual a sua palavra? by L.A.

Se você tivesse que escolher uma palavra para te definir, apenas uma, qual seria? Dentre tantos substantivos, verbos, adjetivos, idiomas, qual escolheria?

Amigo, leal, sagaz, sorridente, rápido, esperto, divertido, fanfarrão, baladeiro, estudioso, trabalhador, dorminhoco, preguiçoso, chato, encrenqueiro, amoroso, romântico, aventureiro....... são tantas as possibilidades.

E se estivermos falando da palavra usada pelos outros para te descrever? Seria a mesma que você escolheria? Como as pessoas percebem você? Será que existe um consenso?

Claro que esse é um exercício muito difícil; impossível definir uma pessoa com apenas uma palavra. São tantas fases, tantas faces. Mas justamente por ser difícil, exatamente por ser impossível que é tão interessante.

Aposto que você possui um lugar preferido, uma cidade, uma cor, um número mas..... Qual a sua palavra?

Minha palavra preferida, pelo menos nessa fase, é MUDANÇA.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Grande questionamento.

Hum... será? Talvez.
Depende de você, né?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011


Raise your glass!

My dearest friends....faz muito, ou como diria a Biela: MOOOUUUUIIITO tempo que a titia (agora Abuelita, segundo meu namorado) não bloga.

Tanta coisa aconteceu desde meus blogs direto de Dubai, top list direto de Foz, loucuras de Doha....Eu já acho que eu tive uns 4 namorados e 20 affairs desde que o blog começou....PUTZ! Quantos anos faz? Agora fiquei assustada!

Anyway, prometo tentar postar mais – the thing e que eu não acho que a minha vida seja tão interessante, ou que eu tenha coisas que vão adicionar alguma coisa...o L.A. tem sempre alguma coisa inteligente pra falar e eu fico meio sem graça de postar que eu surto pelo menos umas duas vezes por semana....ou caio da escada....

Quando eu fiz 30 anos (ano passado), eu estava sem beber, sem fumar e sem transar – EU SEI! ESSA NAO E A MARI, ne?

Eu estava num estado em que toda a minha vida funcionava como um relógio: hora pra dormir, hora pra acordar, hora pra ver TV, não, eu não gostava de sair mais....gostava de assistir TV e tomar sol, controlava tudo que eu comia e nem magra eu tava...total control freak!

De repente, 3 meses depois, quando eu achava que eu eu tava com tudo sob controle, aconteceu uma coisa....Bom, uma pessoa...

Uma pessoa que eu já conhecia ha algum tempo e ao mesmo tempo não conhecia de jeito nenhum....

Um beijo (que eu tive que roubar) que mudou tudo...De repente, tudo saiu do controle e eu me vi com um drink numa mao e um cigarro na outra....Eu me vi passando noites sem dormir, festando...dancando....well....transando! Feliz!

Eu nunca fui tão feliz como quando eu me deixei levar totalmente...Eu não tive nenhuma preocupação com o futuro ( QUEM ME CONHECE SABE QUE EU SOU UMA PESSOA CONSTANTEMENTE DESESPERADA E A BEIRA DE UM ATAQUE DE NERVOS) porque eu não pensei no futuro....Eu não tive pensamentos “e se” ( EU ODEIO ESSES “ E SE “ pensamentos). Eu me senti segura, plena, auto confiante.

Tudo mudou.

Eu decidi esquecer (ou pelo menos não pensar) nos meus medos e encarei uma situação totalmente diferente pra mim: mudar de cidade e trabalho e apostar num relacionamento. Não que eu tenha me mudado por causa do relacionamento, foi mais que tudo por uma oportunidade de fazer exatamente o que eu queria fazer, mas da um frio na barriga que só quem faz sabe como e, believe me – eu já mudei de cidade e trabalho variaaaaaas vezes, faço minhas malas e vou, mas quando tem outra pessoa envolvida, as coisas são diferentes....

No trabalho, eu enfrento todos os dias desafios, essa semana eu terminei um enorme: fui mega auditada, mega pressionada, e tudo isso sozinha, uma semana depois da minha chefe pedir demissão...Nao dormi por uma semana, bebi todo dia (after work), trabalhei horas e dias sem um diazinho de folga. No dia “d” não sei de onde veio uma calma, uma serenidade, eu sentei com a “fofa” e com toda modéstia – mas a verdade seja dita: ARRASEI. Ju, Tati, Dani – vcs que me conhecem bem não iam me reconhecer, calma, falando pausadamente, mostrando relatórios, dados do sistema....parecia que eu tava fora do meu corpo!

Logo que eu acabei e fui fumar um super marlboro, eu pensei: Putz! Essa sou eu! Era eu falando! Sou eu todo dia, “dominando” meu time de 15 meninas e 500 hospedes retardados ( total 600 – uns 100 sao legais).

Então perai: eu sei o que eu to fazendo. Eu mando bem no meu trabalho. Que revelação!

No namoro, eu estou enfrentando uma das coisas mais difíceis que eu já fiz: acreditar e confiar em alguém – incluindo e principalmente em mim mesma Todo mundo sabe que meu CV amoroso ( Queridos Ex, se vocês ainda lêem o blog, THANKS FOR SCREWING MY LIFE and make me the mess I AM now) - Gente, tem coisa mais difícil do que acreditar em alguém quando todas as suas experiências passadas te mostraram que, God knows why as pessoas mentem tanto? E ainda, como acreditar e confiar em você mesma quando você já passou por tantas muitas e boas? E o pior: como engolir todos esses seus medos e keep on swimming por que a pessoa que ta com você não tem culpa dos erros dos outros?

Eu passei ha alguns meses por uma prova de fogo, alias, varias. Situações em que eu tive que acreditar em mim e no que eu e o Peru temos juntos pra continuar, e eu decidi que eu vou dar meu braço a torcer. Se eu tiver errada, não vai ser a primeira vez que eu vou ter que me recuperar de um coração partido, mas se eu tiver certa, eu vou continuar a viver o melhor relacionamento da minha vida.

Eu invejo ele, meu namorado Favela e a pessoa mais bem resolvida que eu já conheci na minha vida: nunca me prometeu nada alem de ser sempre sincero comigo; pra ele, ou e ou não e – ou ta bom ou não ta; ou ele gosta ou não. Adoro pessoas simples. Ele não acredita em destino e fazer grandes planos pro futuro, ele acredita que nos devemos viver o dia de hoje como o ultimo. Ele odeia usar sapato e calca e fazer a barba...(um charme!)

Meus 31 anos chegaram mostrando muito claro que ta na hora de aprender.

Ta na hora de aprender o que realmente vale a pena,

Ta na hora de aprender que se eu não acreditar em mim mesma, ninguém vai.

Ta na hora de aprender que não importa o quanto você já se machucou, você tem que sacudir a poeira e dar novas chances a novas pessoas, incluindo você mesma.

Ta na hora de aprender que nunca, ninguém vai ter uma garantia de que tudo vai dar certo, e que não adianta ficar pensando no futuro.

Ta na hora de aprender que eu bebo, fumo, amo musica pop e sempre vou ter que emagrecer uns 3 kilos porque eu odeio academia.

E não e bom demais que eu tenho a chance de aprender com uma pessoa que da risada quando eu derrubo toda a prateleira de croissants no meio do supermercado, que sabe que eu vou cair no meio da rua então anda comigo sempre prestando atenção onde EU to pisando....Ele e chef – acho que Deus mandou bem nessa porque eu to sempre com fome. Ele joga Mario no Wii comigo e passa horas me escutando e presta atenção! Pra ser sincera ele me pergunta como foi meu dia, escuta, ri e faz comentários!! Ele assiste Nemo e dança R&B comigo na cozinha....Ele ta de ferias e me deu a chave da casa dele, upgraded o cable e me deixou feliz com free Access ao telefone pra ligar pra minha mãe! A vida não e perfeita quando você e seu namorado são tão retardados que não tem uma foto sequer como um “casal normal” (aquela coisa abraçando, sei la, os dois sorrindo pra câmera...)

E no final das contas, não e isso que importa?

Amo vocês! Muitas saudades!

Mariloca – Mariana Irritmann - Marianaaaaaaaa – whatever you want co call me, a gente não ta sempre mudando mesmo?


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Outras pirações

Sempre que me refiro ao Pestanices digo que é um blog que começou pois tres amigas estavam espalhadas pelo mundo e precisavam não só registrar suas experiencias, saudades, filosofias...precisavam divulgar tanta coisa bacana e nova ao mesmo tempo! meu lado brega diz, "foram tantas emoções"...eu comecei casada, eu tive uma golden linda, viajei e me apaixonei muito ( pelos certos e errados) e  pestanices acompanhou tudo isto.Tambem cresceu, entrou gente, saiu gente, mudou...natural !
Confesso que sentia um certo ciúmes deste nome mas,  nada mais justo afinal a ideia e muitos piras incríveis ( e polemicos) aqui registrados vieram dA pestaninha mais querida (pra mim)!
Pestanices mais que garantiu seu papel em nossas velhices... lá estaremos lendo, relembrando e rindo muito de vários momentos! Inclusive dos que foram inspirados pela dor em algum momento não tão bacana como merecemos.Quero esta mulherada velhota reunida com Cher tocando, vinho aberto, July cozinhando e  nada de ir pra balada como tchucas decadentes, pestanices há de nos segurar!
Motivos diferentes do que me trouxeram pra cá me levam para outro blog, fases da vida! Lá vou eu pirar com outra Tati e venho palpitar por aqui também.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eu já ... by L.A.


Já andei a cavalo na praia, na chuva, no sol, de noite.
Já caí do cavalo (de verdade e na metáfora).
Já disseram que sou intenso demais; gosto de ser assim.
Já dormi em hotel 5 estrelas.
Já dormi em posto de gasolina por não ter aonde ficar.
Já me endividei.
Já paguei dívida dos outros.
Já fiz melhores amigos para a vida toda.
Já roubei melhores amigos dos outros.
Já machuquei aqueles que amo sem querer.
Já machuquei aqueles que amo de propósito.
Já andei no meio da rua, de noite, de olhos fechados.
Já tive um pato, periquitos, gato, hamister, coelho, cavalo.
Já tive uma vira lata; tenho um labrador.
Já conheço Brasília (todos devem conhecer a capital do seu país).
Já passei um Reveillon sozinho.
Já transei sem querer.
Já passei vontade.
Já tentei esquecer pessoas inesquecíveis.
Já vi um cometa por várias noites seguidas.
Já fiquei deitado na praia de noite procurando estrela cadente; vi um monte!
Já me pediram espaço; o terreno na Lua continua sem inquilino.
Já sou tio.
Já tive vergonha de mim; dos outros também.
Já senti saudades mesmo estando perto.
Já perdi meus avôs.
Já ofereci minhas avós emprestadas.
Já tratei mal quem não merecia.
Já tratei bem quem não merecia.
Já escrevi cartas que não mandei. Muitas delas!
Já olhei para trás com orgulho.
Já olhei para trás com arrependimento.
Já pedi desculpas em tempo.
Já deixei de pedi-las e ficou tarde demais. Mesmo tarde, me desculpe.
Já esperei pedidos de desculpas os quais nunca tive.
Já perdoei atitudes que julgava serem imperdoáveis.
Já morri de ciúmes (mas não falei nada).
Já mergulhei de mãos dadas (é mágico).
Já saí com mulher casada.
Já fui mais careta do que sou hoje.
Já traí. Já fui traído. Já fui fiel. Sempre fui leal!
Já vivi um grande amor.
Já chorei sozinho trancado no quarto.
Já me arrependi e voltei atrás.
Já me arrependi e não pude voltar atrás.
Já falei de mais.
Já falei de menos.
Já me faltaram com respeito como nunca o fiz com ninguém.
Já fui Papai Noel no Natal (mais de uma vez).
Já levei um bicho de pelúcia para uma viagem de 16.500km de carro.
Já estive na cidade mais austral das Américas.
Já fui até o fim do mundo; iria de novo a qualquer momento.
Já ofendi com razão e sem.
Já fui ofendido com razão e sem.
Já fui para o Japão.
Já sofri calado por amor.
Já me entreguei de mais.
Já me entreguei de menos.
Já fui mais machista do que sou hoje.
Já fui usado.
Já me deixei usar.
Já fui acusado justamente e escapei.
Já fui acusado injustamente e não pude me defender.
Já vi a mulher que amava com outro.
Já fui mais impulsivo.
Já decepcionei minha família e por ela fui decepcionado.
Já fiz as pazes.
Já fiquei brigado.
Já me enclausurei no meu orgulho.
Já corri atrás sem orgulho nenhum.
Já sei quem é minha real companheira de todas as horas.
Já estive no ponto mais a oeste da Europa.
Já sei qual será minha próxima grande viagem de carro.
Já expulsei pessoas definitivamente da minha vida por apenas uma semana.
Já fui expulso da vida dos outros.
Já voei de balão.
Já saltei de paraquedas.
Já fui mais impaciente.
Já amei sozinho.
Já sei qual é meu lugar preferido no mundo.
Já amei a pessoa errada; nunca amei a pessoa certa.
Já sei o que quero, mas não vou te contar.

sábado, 21 de maio de 2011

A Ponte do Imperador by L.A.


No Rio Grande do Sul a aproximadamente 60 km de Porto Alegre, no município de Ivoti, encontra-se a Ponte do Imperador.

Construída em 1855 para ligar os dois lados do arroio Feitoria, tem esse nome porque D.Pedro II doou parte dos 75 contos de réis para a construção indicando que a ligação entre essas duas regiões deveria ser importante para o desenvolvimento do Império.

Pontes ....... planejadas e construídas com o único e absoluto objetivo de ultrapassar obstáculos, conectar economias, pessoas, culturas, lugares, destinos, promovendo assim o engrandecimento entre duas partes de um todo que antes encontravam-se separadas.

Muitas são as pontes ilustres ao redor do mundo; muitas foram as conquistas militares possíveis devido a tomada ou destruição de pontes; muitos são os caminhos que se ligam e se cruzam devido exclusivamente a esse tipo de construção.

Em estilo romano, cercada por construções enxaimel a Ponte do Imperador hoje liga nada a lugar nenhum e mesmo como atração turística não possui grande apelo; estando esquecida até mesmo pelo tempo que lá parece não passar.

Mas, mesmo esquecida pela grande maioria, ela ainda está lá, imponente, cheia de histórias recentes e distantes, mantendo unidas as pessoas que por ela passaram.

sábado, 7 de maio de 2011

Minha Mãe by L.A.


Em 1991, quando eu estava na 5a. série do Colégio Bandeirantes, fiz uma redação com esse título. Redação essa que minha mãe encontrou faz 2 semanas nas coisas dela e, apesar de eu não ter sido muito bem avaliado pela professora (tirei 6) devo ter sido avaliado bem o suficiente pela minha mãe que guardou o texto por tanto tempo.

E hoje, 20 anos depois, véspera do Dia das Mães, compartilho as palavras (corrigidas pela professora!) daquele garoto de 11 anos que, acredito eu, nem mudou tanto assim....

“Minha Mãe

Eu gosto muito da minha mãe.
Ela tem cabelos curtos e castanhos, não é nem muito alta nem muito baixa, ela é muito legal.
Ela é pediatra e trabalha na enfermaria do colégio e no INPS.
Ela é muito carinhosa e atenciosa comigo e com meu irmão, vive nos dando conselhos e falando sobre a vida.
Mas se tem duas coisas de que não gosto mesmo nela é fumar e que ela não gosta de animais.

Ela vive falando:

- Leve esses hamisters para a cozinha.
- Não tire os hamisters da gaiola.

E ela é muito nervosa, se irrita com coisas do tipo: quarto desarrumado, chegar em casa e encontrar a mim e ao meu irmão sem tomar banho.

Mas mesmo com algumas coisas nela de que eu não gosto, eu a amo e a amo muito!”

De 1991 para cá meus pais se separaram, meu irmão e eu nos formamos no colégio e na faculdade, minha irmã teve um filho lindo, eu tive uma gata, uma pata e dois cachorros (mesmo ela ainda não gostando muito de animais), minha avó ficou doente...... enfim, a vida aconteceu.

E aquele amor que eu sentia pela minha mãe quando tinha apenas 11 anos cresceu junto com a admiração e o orgulho que tenho hoje, aos 31 anos, por poder dizer que sou filho da Dra. Beatriz Salles Aguiar (ou simplesmente da Bia).

Ah! E eu a amo e a amo muito!

sábado, 30 de abril de 2011

Sapos e Príncipes by L.A.



Você é um Príncipe? Ou será um Sapo? Ou ainda, como uma onda que hora está aqui, hora está lá, é os dois, variando de acordo com a situação e confundindo ainda mais a audiência e, porque não dizer, confundindo ainda mais você mesmo?

As mulheres, na sua busca constante, por um dos dois (sim, porque existem mulheres, que estão em busca de um sapo!) costumam se precipitar um pouco....

Chegou atrasado – SAPO
Abriu a porta do carro – PRÍNCIPE
Sai todas as quintas feiras só com os amigos - SAPO
Te levou no restaurante preferido – PRÍNCIPE
Conhecia a hostess pelo nome – SAPO
Lembrou do que você gosta de beber – PRÍNCIPE
Respondeu mais do 3 mensagens de texto durante o jantar - SAPO
Pagou a primeira conta – PRÍNCIPE
Tentou te levar para o motel depois - ?!?!?!?!?!?!

Sempre digo as minhas amigas para prestarem atenção aos pequenos gestos. Claro que ganhar flores, sair com um cara que paga tudo, receber presentes, viajar junto..... é sempre bom mas são os pequenos detalhes que entregam como uma pessoa de fato é porque os grandes, aqueles com os quais costumamos mais nos impressionar, são todos ENSAIADOS.

Como ele atende quando a mãe liga? Como ele trata os garçons que estão servindo a mesa? Ele te olha no olho quando conversam? Como se comporta no meio dos seus amigos?

Bom, não sei o que você é, ou o que deseja ser. O que você está procurando ou o que pretende encontrar. Desejo apenas que esteja confortável com a decisão tomada e que, caso não esteja, que mude de opinião sem nenhum tipo de vergonha de voltar atrás.

Quanto a mim, que ninguém se engane; sou SAPO, dos pés a cabeça!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Let's just breathe




Porque as vezes nós mesmos nos cobramos, nos colocamos em situação que no fundo, com mais 20min de reflexão saberíamos que não "guentaríamos"??


Vamos dando corda,corda pra algo que lá na frente virará um nó incrível!! e nosso euzinho timido já sabia disto deste o inicio...


Nesta lista entra a cobrança de que o blog esta abandonado, sem inspiraçao de todos os colaboradores...sao fases, né?? podemos apenas respirar e aceitar que mudamos ?!?


Vamos curtir o feriado com o que nos der vontade, sem nóias, sem cobranças, sem expectativas! Quero muito respirar.. cena de propaganda de doriana, olhos fechados, cabelo ao vento e inspira... expira...nenhuma ruginha na cara, o sorriso vai se abrindo, o peito se inchando...inspira...expira...


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Balzaquiando – 1 ano depois... by L.A.


No dia 31/03, completei meus 31 anos e, como parte do rito de passagem (além das festas!!!), passei aqui no BLOG para reler o texto que escrevi no ano passado, quando completei 30; uma maneira simplificada de fazer um pequeno balanço das mudanças entre um aniversário e outro.

Para minha surpresa, me dei conta que, das 2 perguntas preferidas (Quando vai se casar?; Vai criar juízo?), apenas a primeira delas persistiu.

Será que as pessoas mais próximas a mim desistiram de me ver criar o tal do “juízo”, nos moldes por elas esperado?! Ou será que eu acabei criando juízo sem me dar conta? (duvido!)

O importante é que mais um ano se passou e pude fazer novos amigos, resgatar amizades antigas, descobrir novos lugares, redescobrir lugares antigos, ler novos livros, assistir outros filmes....

Profissionalmente, novos e grandes desafios se impuseram e um novo rumo foi traçado depois de muito pensar e de muito perder. Escrevo “perder” porque mesmo quando a mudança é voluntária e desejada, existe luto; nem que seja apenas saudades daquilo que já foi.

Mas, e quanto a primeira pergunta? A do casamento.....

No texto do ano passado eu afirmei que havia dado férias para esses assuntos do coração. Não foram exatamente férias voluntárias mas sim uma maneira, talvez egoísta, de me proteger. A verdade é que, meio sem perceber, meio arrastado, meio desconfiado (acho que de mim mesmo!), me apaixonei novamente. Fui pego totalmente de surpresa e talvez deva ser assim mesmo...

Fazia tanto tempo que isso não acontecia que nem sabia mais direito como era e, muito provavelmente, acabei fazendo TUDO errado!

Fica agora a dúvida. Aprendi.... ou simplesmente reforcei meus receios?

Quando vou me casar? Quando encontrar a pessoa certa; nem um minuto antes disso (mas acho que estou um pouco mais perto…).

Criar juízo? De novo, nem pensar!

terça-feira, 1 de março de 2011

O que faz você feliz?


Hoje voltei a correr. Ipod no ouvido, tênis novo no pé e fui me embora para o Ibira nesta manhã. Adoro o Ibira! Faça chuva ou sol, com ou sem gente, eu amo aquele lugar! Que delícia!!!
No parque, sempre vejo estampada nas costas de outros corredores a frase: "O que faz você Feliz?", slogan do Pão de Açúcar que vai nas camisetas das provas que eles patrocinam. Hoje pirei nisso e fiquei pensando: Mas o quê me faz feliz afinal?!?
Correr me faz feliz! Muito! Suar, gastar energia, aliviar o stress! Correr definitivamente me faz feliz, mas esse é só um item da minha listinha, que é bem grande mas eu queria que fosse ainda maior, infinita! Fiquei pensando o quão exigente e chata eu sou...fiquei pensando se eu preciso de muito pra ser feliz e acho que não...eu consigo ser feliz com pouco, e com muito também, não sejamos hipócritas!
Outro dia ouvi de uma fulana que esteve em NYC com acesso liberado ao cartão de crédito do marido que ela não precisava de nada...comprar não a fazia feliz!!! COMO ASSIM SENHOR?!? Achei que aquilo era caso de terapia e que ela não podia estar falando sério. Que mulher em sã consciência ignora o marido dizendo: - Vai amor, compra uma coisinha pra você, toma o cartão "Amex Platinum Titanium Gold Plus Limit Free" e detona na 5th Avenue! Jesus Cristo, Maria e José!!! Deus dá asas para quem não sabe e não quer aprender a voar!!! Se nem isso a faz feliz, o que faz? Fiquei pensando nela e em mim...traçando uma linha comparativa...Fiquei pensando que ela, não consegue ser feliz com o máximo. Ela não consegue ser feliz com os melhores bens de consumo a disposição dela...ela não é feliz na cidade mais incrível do Mundo, ao lado do marido e da filha. Seria depressão?!? Não sou psiquiatra, mas honestamente, não me pareceu... Ela me pareceu uma pessoa negativa e ponto. Uma daquelas pessoas que desconhece o SIM e fica sempre com o NÃO. Fiquei com muita pena dela, mas fiquei feliz porque a minha lista de coisas que me deixam feliz é beeeem grande, e estou tratando de fazer ela crescer mais e mais. Quero ser feliz com o mínimo!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Tempo de mudança - by L.A.


Tempo de mudança

Quando o ano começou, várias pessoas me disseram:

“Ano ímpar é ano de mudança”

Todos que me conhecem sabem que sou uma pessoa bastante cética em relação a esse ou qualquer outro tipo de previsão sem fundamento científico comprovado. Bom, não é 100% assim. Acredito que aquelas coisas que funcionam, funcionam independentemente da nossa crença.

Explico melhor. Se você estiver com dor de cabeça e tomar um remédio para dor de cabeça, ele vai funcionar mesmo que você não acredite nele, mesmo que você não acredite em alopatia; o mesmo vale para homeopatia.

O mesmo vale para a astrologia ou a numerologia. Se elas de fato funcionam, se de fato influenciam nossos caminhos e nossas decisões, tanto faz se eu acredito nelas ou não. Elas funcionam e pronto.

Assim sendo, eu não tinha que acreditar que ano ímpar favorece um quadro de mudanças porque ele assim seria e...... assim ele está sendo!

Pelo menos para mim, o ano de 2011 já está cheio de novidades tanto no campo pessoal quanto no profissional e, aparentemente ainda temos um “restinho de ano” para colocar muita coisa em prática.

Com essas mudanças, vem a insegurança, o medo do fracasso, o esforço para quebrar a inércia, as despedidas, as novas escolhas, as renúncias, os lutos. Não existe mudança verdadeira que não apresente parte dessas características e esse é o ciclo natural das coisas.

Estava com um grupo de amigos no começo do ano e falei uma bobagem qualquer (isso não é novidade) e prontamente fui repreendido: “Não fala assim que o Universo está ouvindo”.

Pois bem, decidi que quero sim abraçar essas novidades. Decidi também que não vou me preocupar muito porque concordo com minha amiga.

O UNIVERSO ESTÁ, de fato, OUVINDO.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

São Paulo, metrópole abandonada - by L.A.


Não é de hoje que a cidade de São Paulo apresenta uma infinita lista de problemas a serem resolvidos. Não estou falando dos tradicionais problemas relacionados a segurança, educação e saúde.

Estou falando dos também tradicionais problemas, porém mais simples de resolver, do lixo espalhado pelas ruas, dos semáforos apagados, das placas destruídas, dos pontos de ônibus depredados, dos cavaletes da CET armazenados por todos os lados, das ruas e calçadas cheias de buracos, do excesso de postes, dos vendedores em todos os semáforos, dos mendigos, do mato crescendo sem controle, dos flanelinhas e de tantas outras pequenas coisas. Pequenas coisas que deixam minha cidade mais feia, mais triste.

Estou falando daqueles problemas que vejo todos os dias das janelas do meu carro, independente de qual seja o meu destino, mas que me acostumei a fingir que não estão lá.

Quando foi a última vez em que procurei um órgão, oficial ou não, para reclamar de uma ilegalidade ou de algo que julgo errado na MINHA cidade? Quando foi a última vez em que usei a internet, minha rede de amigos, a associação de moradores do meu bairro, para conseguir algo pela MINHA cidade?

Ouvindo o rádio outro dia, leram no ar a reclamação de um ouvinte referente aos cavaletes da CET armazenados com correntes pelos postes da cidade. Resposta da CET? Os cavaletes continuarão nos postes porque são usado em situação de emergência. VTNC!

Existe sim uma indústria da multa que só faz crescer, cada hora inventam um tributo novo, a CONTROLAR é a maior bagunça, não posso usar meu carro todos os dias da semana, o DETRAN é uma piada de mau gosto e a CET vem me dizer que vai deixar seus cavaletes espalhados pela MINHA cidade?!

Pois bem, eu cansei. O poder púbico não dá conta do serviço mas cabe a nós ficarmos nos seus calcanhares para que São Paulo volte a ser uma cidade bonita, limpa e organizada, uma cidade na qual tenho orgulho de viver.

Cansei desta metrópole abandonada; quero a MINHA São Paulo de volta.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

As cartas que eu não mando, por L.A.


Será que muita gente faz isso?
Escrever cartas que não são enviadas?
Cartas que são escritas em momentos de solidão, de raiva, de paixão mas por algum motivo que normalmente não somos plenamente capazes de explicar, não chegam ao seu destino final.
Aliás, será que ao iniciarmos uma carta, já temos certeza de qual o real destino final da mesma?
Pouco importa. O que sei é que eu, com certa freqüência, escrevo cartas que não mando para ninguém. Não porque elas não tenham um destinatário ou um destino mas porque ...... não sei ao certo.
Algumas delas possuem destinatários mas que, passada a vontade de escrever, passado aquele momento, não merecem mais saber tudo aquilo que coloquei no papel ou então porque acabei escrevendo coisas que não tenho mais o direito de revelar.
Muitas vezes escrevemos para nós mesmos, como maneira de ordenar nossos pensamentos, nossas palavras, nossos sentimentos.
Uma carta conta, necessariamente uma história; de um lugar, de uma época, de um relacionamento. A história de nós mesmos, apoiada na palavra escrita possui uma força, uma perenidade, que falta a palavra falada.
Independente da história a ser contada, independente do leitor, independente da época em que suas cartas serão enviadas ou simplesmente lidas, não se esqueça de escrever. Escrever muito!